Racionamento de energia pode ser a única opção para o Brasil

Racionamento de energia pode ser a única opção para o Brasil

Um levantamento feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que 63% dos empresários do setor industrial acreditam que o racionamento de energia elétrica é uma possibilidade para o Brasil, diante da baixa dos reservatórios e da bandeira vermelha na conta de energia elétrica.

Os empresários temem que a crise hídrica afete sua competitividade. Esse temor é mais presente nos setores em que a energia representa uma parcela maior dos custos totais, e entre os empresários que acreditam que haverá racionamento ou aumento grande no custo com energia.

 

A pesquisa aponta ainda que nove em cada dez empreendedores estão preocupados com o cenário atual de crise hídrica, e 98% acreditam que haverá aumento de preços. Parte dos empresários também manifestam preocupação com a possibilidade de racionamento de água (34%), aumento no custo da água (30%) ou mesmo instabilidade ou interrupção no fornecimento de água (23%).

 

Mais de metade dos empresários temem que crise hídrica afete a competitividade

Em média, 52% dos empresários consultados acreditam que a crise hídrica reduzirá a competitividade de suas empresas, sendo que 39% acreditam que isso ocorrerá provavelmente e 13% que isso ocorrerá com certeza.

A competitividade das empresas se reduz com aumentos no custo da energia na medida em que o custo com a energia pesa no custo total da empresa, quanto maior for o aumento desse custo e quanto maior a probabilidade de restrição ou interrupção do fornecimento.

Entre os empresários consultados pela confederação, 22% afirmam que pretendem mudar o horário de funcionamento de suas empresas para reduzir o consumo de energia em horário de pico, em resposta à crise hídrica. No entanto, quase dois terços das empresas consideraram que implementar essa alteração de horário é difícil ou muito difícil.

A CNI ouviu 572 empresas, sendo 145 pequenas, 200 médias e 227 grande porte, no período de 25 de junho a 2 de julho.

 

Fonte: CNI