Líder pela primeira vez no setor elétrico e quarta colocada no ranking geral do Valor Inovação Brasil, a Energisa tem a inovação como meta desde sua fundação, em 1905, no interior de Minas Gerais, diz o presidente do grupo, Ricardo Botelho. A trajetória da organização, nacional e familiar, segundo ele, demonstra isso. O primeiro negócio foi a construção de uma hidrelétrica para fornecer eletricidade para uma empresa têxtil na região, ponto de partida para o desenvolvimento de novas operações. Em 1925, fez parte de um movimento pioneiro: foi uma das primeiras empresas do mundo a dar participação nos lucros aos colaboradores. Com o tempo, passou a operar em distribuição, transmissão, geração distribuída e está agora também na área de gás natural. “Há no grupo uma busca constante por se antecipar aos movimentos e envolver todos nessa cultura de inovação, que é uma forma de ser mais eficiente e atender melhor”, afirma Botelho.
Incorporar uma cultura inovadora também pressupõe desenvolver novas habilidades e reforçar a atuação em novas tecnologias. Atualmente, 69 pessoas trabalham na área de inovação da Energisa, quase o dobro das 35 em 2020. A razão do aumento foi a inauguração, no primeiro semestre de 2021, em plena pandemia, do Digital Labs, primeiro centro de inteligência artificial do setor elétrico, criado para acelerar a transformação digital. Para reforçar a equipe direcionada à área, foi lançado um programa de formação de profissionais com potencial para a carreira de dados, em parceria com o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Foram formados 30 cientistas de dados, que fizeram um curso de um semestre. Além de formar pessoas, trabalhou-se o reforço da cultura em prol da inteligência artificial.
Fonte: Valor Econômico