O CEO da CPFL Energia, Gustavo Estrella, esteve em Nova York para a 16ª LatAm CEO Conference Itaú BBA com duas missões: “Viemos falar com investidores que já conhecem a CPFL, como se fosse uma prestação de contas. E também para que outros investidores possam entender a nossa lógica de negócio”, disse Estrella com exclusividade para a Inteligência Financeira.
Isso porque 70% dos investidores da companhia são estrangeiros. “De uma forma geral, há um consenso de que o Brasil tem muita oportunidade, e muitas coisas a serem feitas, principalmente em termos de energia limpa e renovável.”
Investidores em compasso de espera em relação a investir no Brasil. Tudo está relacionado à percepção de risco. Ainda não se tem claro o rumo que o Brasil vai tomar.
Os desafios da líder do setor
A CPFL é líder em distribuição de energia no Brasil. Mas isso não a coloca numa situação confortável. “Temos um consumo em crescimento muito baixo. Há desafio de retomada do crescimento. Basta ver o PIB. E há cada vez mais consumidores colocando painéis solares”, disse Estrella.
No jargão do mercado, os painéis que usam energia solar são chamados de geração distribuída, ou seja, é a energia elétrica produzida por consumidores independentes, através de fontes renováveis de energia.
“Temos que lidar com o desafio do subsídio na geração distribuída, que deve chegar a R$ 5 bilhões neste ano. Esse cliente não usa minha rede”, afirma o executivo.
Na outra ponta, Estrella explica, o principal programa social do setor elétrico é o de subsídio para a baixa renda, que recebe desconto de até 40% na conta. “Esse programa atinge 20 milhões de pessoas, e custa R$ 3,5 bilhões.”
O que é ter inteligência financeira?
Além de falar sobre o mercado de energia, Estrella também comentou sobre o que é ter inteligência financeira. “É tomar decisões certas, com base em técnica, e ter visão de longo prazo.”
Fonte: Inteligência Financeira