Com inovação aberta, Comgás quer revolucionar mercado tradicional no Brasil

Com inovação aberta, Comgás quer revolucionar mercado tradicional no Brasil

Com pouco mais de um ano de operação, plataforma de inovação aberta da Comgás já gerou mais de R$ 9 milhões em benefícios.

A Comgás é considerada a maior distribuidora de gás do Brasil, e não é para menos: são 2.3 milhões de clientes e mais de 150 anos de história para contar. Em 2021, com o objetivo de transformar digitalmente não só a companhia, mas todo o ecossistema de gás natural do país, nasceu o Plugue, a plataforma de inovação da Comgás.

A iniciativa, que começou a ser idealizada durante um dos períodos mais críticos da pandemia no Brasil, tomou corpo e comemorou seu primeiro aniversário em outubro de 2022. Hoje, a iniciativa se sustenta em quatro pilares: Company, para fomentar a cultura de inovação aberta e agilidade na Comgás; Academy, como uma espécie de escola de tecnologia, inovação e energia; Energy, com um centro de pesquisa, prototipação e desenvolvimento de soluções energéticas; e Venture, mapeando, monitorando e investindo em startups com foco em parcerias estratégicas.

Para Letícia Dantas, Head de Inovação Aberta da Comgás, o objetivo da empresa com a criação do Plugue era acelerar a estratégia de crescimento. E tem rendido bons frutos: “Em 2021, realizamos R$ 16 milhões em investimentos, entre as startups e os centros de pesquisa. Para este ano, nosso objetivo é investir mais R$ 12 milhões”, comenta. “Para o setor de gás e energia, esse é um número bem fora da curva.”

Além dos planos de continuar investindo em startups promissoras, o Plugue anunciou, recentemente, a criação de um espaço físico em Campinas. “Isso mostra mais ainda o nosso compromisso de potencializar nosso ecossistema. Com esse espaço, nós queremos promover ações com os colaboradores da Comgás por meio de uma arena de treinamento, que tem palestras, capacitação e espaço maker”, explica Letícia. O espaço físico também recebe as startups que estão incubadas e/ou que utilizam as instalações, como o laboratório de inovação.

 

Projetos entre startups e a plataforma da Comgás

As startups que são investidas ou apoiadas pela Comgás se encaixam, especialmente, em algum destes perfis: Construção Digital (incorporar digitalização nos processos de construção e operação com foco em segurança, predição e eficiência), Energias Limpas e Renováveis (incluir e integrar novas fontes de energia renováveis nas operações, contribuindo para o desenvolvimento sustentável da sociedade), Eficiência energética (alavancar o gás natural na matriz de soluções energéticas de forma rentável e sustentável), Volume e Rentabilização (desenvolver novas tecnologias focadas em aumento de volume e rentabilização), ou Cidades do Amanhã (lugar onde as redes e serviços tradicionais se tornam mais eficientes com o uso de soluções digitais em benefício da comunidade e dos negócios).

“Nós temos pouco mais de um ano de vida, ainda somos um bebê, mas nosso primeiro ano foi muito focado em estruturação, então temos ganhado cada vez mais maturidade”, diz a Head. Só no primeiro ano de atividade, foram mais de R$9 milhões de benefícios gerados em inovações criadas dentro do Plugue, com pelo menos cinco grandes cases de produtos ou soluções já desenvolvidos e em uso.

Um dos principais cases de sucesso é um projeto com a GeoVista. Juntas, a startup e a companhia criaram um sistema descentralizado de monitoramento e detecção de vazamento de gás pela rede da Comgás nas vias públicas. O projeto, que já está em funcionamento, consiste em um sistema de detecção contínua de gás natural na atmosfera, com a instalação de diversos sensores de gás em carros que circulam constantemente e aleatoriamente pelas cidades, como ubers e táxis, que enviam informações diária sobre detecção de gás nas vias públicas. Com os dados, é possível fazer inferências e montagens de alarmes, dashboards e relatórios sobre pontos georeferenciados de vazamentos de gás a serem verificados.

“Este é só um de uma infinidade de projetos de sucesso que pretendemos desenvolver com as startups. A cada ano, queremos ter mais e mais bons cases que impactem nossa operação, nossos clientes e, com certeza, ajudando a transformar as cidades para melhor”, finaliza Letícia.

Fonte: Startupi