O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira participou, no dia 19 de janeiro, do evento de lançamento da primeira molécula de hidrogênio verde produzida pela empresa EDP Brasil. A planta de hidrogênio tem investimento de R$ 42 milhões e faz parte do Complexo do Pecém, no Ceará.
Em nota, a pasta informou que o hidrogênio tem grande potencial na transição energética e na busca pela neutralidade de carbono até 2050 no Brasil, alinhado ao compromisso climático do Brasil no Acordo de Paris.
“A tecnologia permite acelerar a oferta de energia limpa onde hoje os combustíveis fósseis ainda são necessários. Diversos países têm fomentado investimentos no hidrogênio de baixo carbono, e o Brasil tem um dos maiores potenciais de negócios nesta área”, escreveu o MME.
Em 16 de dezembro de 2022, a Energias do Brasil (EDP Brasil) informou que produziu a primeira molécula de Hidrogênio Verde (H2V) em sua nova unidade de geração localizada em São Gonçalo do Amarante, no Ceará.
O desenvolvimento da planta é um importante marco para a geração de energia limpa no país e faz parte dos compromissos com a transição energética do grupo, disse a EDP, na ocasião.
A empresa disse, na época, que a produção da molécula era “a primeira etapa estratégica do desenvolvimento do Projeto Piloto de H2 no Complexo Termelétrico do Pecém (UTE Pecém), cujo lançamento oficial ocorrerá em janeiro de 2023. Com investimento de R$ 42 milhões, a unidade é a primeira do Ceará e a primeira do Grupo EDP.”
A planta de Hidrogênio Verde (Pecém H2V) da EDP é um projeto de Pesquisa & Desenvolvimento da UTE Pecém que deve gerar o combustível limpo com garantia de origem renovável, além de desenvolver um roadmap com análises de cenários de escalabilidade, considerando todos os elos da cadeia de produção do hidrogênio. Contempla uma usina solar com capacidade de 3 MW e um módulo eletrolisador de última geração para produção do combustível com garantia de origem renovável, com capacidade de produzir 250 Nm3/h do gás.
A iniciativa contou com parcerias importantes como a da Hytron, fornecedora da eletrólise e, como executoras do projeto, além da EDP, estão o grupo GESEL, que avaliou cenários da escalabilidade da produção de H2, identificando a viabilidade econômica, setorial e mercadológica do projeto; a IATI, com o estudo de viabilidade técnica e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
“Elegemos o complexo de Pecém para abrigar nossa primeira planta de hidrogênio verde no Brasil porque reconhecemos que o Ceará reúne características estratégicas para protagonizar o processo de introdução do hidrogênio verde no País, seja por seu excepcional potencial solar e eólicofundamental para a produção do gás , seja por sua localização e excelente oferta de infraestrutura para o escoamento desse produto ao mercado internacional”, afirmou João Marques da Cruz, CEO da EDP Brasil.
“Com o conhecimento adquirido, poderemos contribuir de maneira mais assertiva para expandir a produção de hidrogênio verde no país e também para regulamentação do segmento”, destacou o CEO da companhia.
Fonte: Agência CMA