As contratadas da Comgás foram reveladas no final de dezembro, na sede da empresa em São Paulo, após um processo seletivo de cinco meses e 4.200 inscritas em parceira com a Maturi.
“Estou feliz e minha vida vai mudar. Depois de 14 anos sendo mãe, esta será a primeira vez que serei funcionária”, diz Ana Paula Munhoz Corrêa Securato, de 46 anos. A advogada é uma das dez selecionadas pelo programa da Comgás específico para mulheres com mais de 40 anos, que teve as contratadas reveladas nesta semana, na sede da empresa em São Paulo, após um processo seletivo de cinco meses e 4.200 inscritas.
“No início do ano pensamos em um trainee com algum recorte de diversidade. Primeiro olhamos para gênero, mas percebemos que incluir o etarismo era essencial”, diz Letícia Grossi, Diretora de Pessoas e Cultura da Comgás. A partir disto, executivos da companhia foram consultados, bem como grupos de com mulheres de empresas parceiras. “Percebemos uma demanda do mercado, mas não imaginávamos que seriam tantas inscritas”.
De acordo com a executiva, eram esperadas cerca de cem inscritas. “Definimos dez vagas por mapear internamente nove áreas específicas do negócio de modo que essas mulheres sejam contratadas como analistas sêniores e tenham uma carreira acelerada para coordenação, gerência e mais”.
Para Mórris Litvak, CEO e fundador da consultoria Maturi, a quantidade de inscritas não foi uma surpresa. “Todos os nossos processos seletivos são focados em pessoas com 50 anos ou mais — ou 40 anos ou mais quando há recorte de gênero, como é o caso na Comgás. E não é a primeira vez que temos grande demanda de profissionais maduros interessados no mercado de trabalho”, afirma.
Segundo ele, o interesse das companhias em funcionários mais velhos também cresce. “Estamos fechando o ano com 48 clientes e metade trabalharam conosco pela primeira vez em 2022. Além disto, espero um interesse ainda maior no próximo ano”, diz Mórris.
A expectativa do executivo se dá por a Maturi ter se tornado, em novembro, representante oficial no Brasil do programa Certified Age Friendly Employer (CAFE), do Age Friendly Institute, organização com mais de 15 anos de atuação nos EUA, onde a certificação já possui apoio do governo estadual e federal. “Esperamos ter as primeiras empresas certificadas já em fevereiro. Isto gera uma concorrência saudável no tema”.
Na Comgás, as selecionadas começam a trabalhar dia 16 de janeiro. Além de realizar as funções tradicionais, elas terão encontros com a liderança para discutir sobre o futuro da energia e do negócio; visita técnica em campo com o time de operações e em todos os segmentos da Comgás.
13Elas também passarão por treinamentos de autoconhecimento, desenvolvimento de liderança feminina, mentoria com executivas, além de workshops para ampliar conhecimento em ferramentas, conteúdos técnicos e comportamentais. “Temos cinco grupos de diversidade na companhia que garantem a integração e o pertencimento e não será diferente agora”, diz Letícia.
Fonte: Exame