A chegada da rede 5G ao Brasil em 2022 abre um novo leque de oportunidades para o setor elétrico no país, apontam especialistas. O 5G vai permitir conexões mais rápidas e um tráfego maior de dados, possibilitando, assim, o surgimento de serviços que exigem aplicações em tempo real e de tempo de resposta quase imediato.
Uma das tendências no setor de energia com a chegada do 5G é o maior estímulo à adoção das redes inteligentes (“smart grids”), que permitem a medição à distância dos dados de consumo. As “smart grids” aplicam recursos digitais e de tecnologia da informação no sistema de distribuição de energia. Com isso, será possível monitorar em tempo real o consumo e identificar problemas na rede, além de acionar dispositivos para evitar desligamentos.
“O 5G vai possibilitar o tráfego de um número maior de dados. A maior velocidade e segurança possibilita a adoção dessas redes virtuais, sem exigir grandes investimentos em infraestrutura por parte da indústria”, explica o gerente da companhia de engenheira e tecnologia CAS Tecnologia, Octavio Brasil.
No segmento de distribuição, outra novidade deve ser a possibilidade de implementar cabos de energia e de telecomunicações em conjunto. A torres de 5G têm alcance reduzido, por isso milhares de antenas precisarão ser instaladas no país. O vice-presidente da empresa de cabos Prysmian, Marcelo Andrade, lembra que vai ser necessário levar energia a essas novas antenas que precisarão ser instaladas para a rede 5G.
“Vamos ter antenas a cada centenas de metros, que vão ter a capacidade de trabalhar simultaneamente com diversos dispositivos”, explica Andrade.
Fonte: Valor Econômico