A energia solar tem potencial para suprir até 40% da eletricidade consumida pelos EUA em 15 anos – um aumento de dez vezes em relação à atual produção de energia solar. Mas isso exigirá grandes mudanças na política americana e bilhões de dólares em investimentos federais na modernização da rede elétrica do país, aponta um estudo do Departamento de Energia (DoE) divulgado ontem.
Aumentar a energia solar para o nível de 44% exigirá um aumento nos gastos público e privado de até US$ 562 bilhões entre 2020 e 2050, diz o relatório. O custo da nova infraestrutura para acomodar a energia solar, como linhas de transmissão e baterias de armazenamento, provavelmente serão repassados aos contribuintes.
Investimentos em energia solar e outras fontes limpas, diz o estudo, podem oferecer um benefício econômico estimado em US$ 1,7 trilhão, em parte com a redução dos custos da poluição com a saúde.
A divulgação do relatório ocorre após o presidente Joe Biden ter declarado que as mudanças climáticas se tornaram “uma crise de todos”, durante visita às áreas atingidas pelo furacão Ida. Biden alertou na terça-feira que é hora dos EUA levarem a sério o perigo representado pelas mudanças climáticas, se não quiserem enfrentar a perda de vidas e propriedades.
Os EUA instalaram um recorde de 15 GW de capacidade de geração de energia solar em 2020 e esse tipo de energia agora representa pouco mais de 3% da atual oferta de eletricidade, segundo o DoE.
Até 2050 a energia solar poderá fornecer 1.600 GW em uma rede de emissão zero de carbono – produzindo mais eletricidade do que a consumida hoje em todos os prédios residenciais e comerciais do país, informa o relatório.
Fonte: Valor Econômico