O Brasil é um dos maiores países do mundo, banhado pelo Oceano Atlântico, com um litoral de quase 7.500 km e ampla diversidade de fauna e flora. No país, existe uma grande variedade de florestas, com quase 500 milhões de hectares, que correspondem a 60% do território brasileiro. Em número de espécies de animais, o Brasil tem a maior biodiversidade do planeta. Quase 1/4 de todos os peixes de água doce do mundo estão nos rios brasileiros, assim como 16% das aves e 12% dos mamíferos.
Na essência, somos um país rico em flora, fauna, recursos minerais, solo agriculturável e pessoas.
Com toda essa grandiosidade, também somos um país diverso em classes sociais, raças, religiões e orientações sexuais. Essa população diversa é quem constrói nosso PIB (Produto Interno Bruto) de USD 1,6 trilhão, o 12º maior do planeta.
Entretanto, a dimensão continental, a riqueza natural, a quantidade e a diversidade dos habitantes criam enormes desafios sociais, ambientais e de governança para o Brasil, e isso não é diferente para o setor elétrico.
É certo que não existe outra possibilidade de desenvolvimento que não seja ambientalmente correta, socialmente justa e economicamente racional. Em outras palavras, é cada vez mais evidente que não há espaço para o desenvolvimento econômico sem a preservação do meio ambiente, a garantia aos direitos humanos e o respeito aos princípios da governança.
A adoção de práticas ESG é benéfica para os negócios e para a gestão pública do país. Qualquer ação em direção oposta significa perda de competitividade, represálias comerciais e prejuízos ao mercado nacional, afetando a criação de empregos, a renda dos trabalhadores e a arrecadação dos governos.
O mundo está em transformação para uma economia verde, inclusiva e atenta aos direitos humanos. O Brasil, por suas características físico-geográficas e sociais, surge como uma das nações com maior potencial para liderar essa agenda –e dela se beneficiar. Para isto, é fundamental construir um modelo amplo e inclusivo que valorize nossa diversidade sociocultural e ecológica.
Este mesmo modelo deve ser proposto para as dimensões ESG atreladas ao setor elétrico.
A construção deste modelo deve ser feita a partir de estudos robustos e sustentar-se no diálogo e formação de consensos entre órgãos governamentais, organizações da sociedade civil e setores empresariais. Essa não pode ser uma agenda partidária, mas de Estado e de toda a sociedade brasileira.
O desafio é encontrar uma solução que concilie desenvolvimento, benefícios ambientais com o menor custo social, e respeito aos princípios de governança corporativa.
A fim de compartilhar nossa visão sobre o mundo ESG aplicado ao setor elétrico brasileiro, em 9 de agosto de 2022 reuniremos em Brasília os representantes dos candidatos à presidência da República, para o evento “O setor elétrico e a agenda ESG: Propostas para os candidatos à Presidência da República”. O evento será gratuito, mas as vagas são limitadas.
O encontro terá como objetivo: 1) Discutir os desafios de ESG para o setor elétrico brasileiro nos próximos anos; 2) Identificar e discutir propostas que contribuam para preservar os recursos naturais, aprimorem o relacionamento com as comunidades e fortaleçam a governança corporativa no setor elétrico; 3) Apontar os desafios atrelados à implantação de projetos do setor elétrico e debater sobre como eles podem se tornar vetores de preservação ambiental, desenvolvimento da sociedade e respeito à governança; 4) Debater propostas de projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional que fazem parte da pauta ESG atrelada ao setor elétrico.
Inscrições: https://acendebrasil.com.br/xiii-forum-instituto-acende-brasil/
Fonte: Poder 360